São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995
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Porco tocaia os pinguins

BARBARA GANCIA
ENVIADA ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO

Só não admito que vi porcos com asas no Pinguim 2 para não dar brecha.
Para ninguém sair dizendo que fui fazer investigação jornalística em mesa de bar com segundas intenções.
Mas o que deu de porco procurando pinguim na esquina onde Sócrates despendeu horas, só Deus e o toalete masculino do Pinguim 2 (o Pinguim 1 está em reforma) podem dizer.
Sabe o que o pessoal de Ribeirão acha de vegetariano? Que só comer peixe é a maior roubada. Faz sentido. Segundo um ribeirão-pretano que conheci, o boi está lá, cercadinho, você sabe o que ele comeu, conhece o passado dele. Peixe, não. Fica passeando, ninguém sabe de onde veio, quem criou.
Faz sentido ou não?
E a dona Albertina, torcedores do Brasil? A dona Albertina -que na verdade se chama dona Armandina, mas mudou de nome porque uma colega encanou com Albertina- é a feliz proprietária, dizem as más línguas, de uma espécie de Café Photo local, no bom sentido, é claro.
Pois bem: a dona Albertina ou Armandina é discretérrima. Se recusa a falar, nega tudo, jura que nunca ouviu falar em nada daquilo.
A dona Albertina é tão comportada que abriu um restaurante chamado Cordeiro's Place (Cordeiro porque é o sobrenome dela, nada a ver com ovelhas) e não deixa as meninas frequentarem.
E o soldado Varjão já ganhou apelido por aqui. Virou a Divine Brown brasileira!
Quanto a essa coisa de ``Califórnia tapuia", Ribeirão veste a camisa. Percebe-se nas nuances, como a quantidade de patins e o posto de gasolina chamado, curto e grosso, Califórnia.

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