São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 1995 |
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Rabobank abre subsidiária no Brasil e empresta US$ 1 bilhão
RODNEY VERGILI
É o primeiro decreto do gênero assinado pelo governo brasileiro com o objetivo de estimular a entrada no país de bancos que participem do processo de privatização ou tragam empréstimos substanciais para as atividades produtivas. Com a abertura de sua agência no Brasil, o Rabobank pretende oferecer empréstimos adicionais de US$ 1 bilhão (equivalente a 30.848 carros zero picape D-20 Custom S), basicamente para o financiamento a setores produtivos, não tendo participação significativa em mercados especulativos (por exemplo, Bolsas). Teun de Boon, presidente da subsidiária brasileira do Rabobank, diz que ``a oportunidade de consolidar a presença na maior economia da América Latina é altamente relevante para a meta que o banco possui de ter um papel significativo no setor agrícola". O Cooperative Centrale Raiffeisen-Boerenleenbank BA (Rabobank Nederland) é o segundo maior banco cooperativo do mundo. O primeiro é o Credit Agricole (da França). O banco atuava no Brasil como escritório de representação com a denominação de Raibobank desde 1989, já tendo emprestado US$ 1 bilhão em financiamentos à exportação e importação. O banco possuía ativos (bens) de US$ 171 bilhões em dezembro de 94, mais do que o dobro do maior banco brasileiro: o Banco do Brasil (US$ 72 bilhões no período). O Rabobank domina 90% do mercado agrícola holandês, com mais de 2.000 agências e atua em 30 países. Os representantes da instituição negam, mas há rumores no mercado financeiro de que por sua forte atuação nos setores agrícola e de comércio exterior, o Rabobank foi convidado pelo governo para participar da privatização do Banespa e do Banco Meridional. Texto Anterior: BC ainda estuda como restringir vinda de dólares Índice |
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