São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 1995
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Passeio de barco revela rotina de aves e jacarés

Andar a cavalo ajuda o turista a conhecer o Pantanal

MARCELO SOUBHIA
DO ENVIADO ESPECIAL AO PANTANAL

Durante todo o passeio, aves variadas, jacarés, bugios (espécie de macaco) e capivaras dão o ar de sua graça.
Barcos de pescadores encostados na margem aparecem de vez em quando, lembrando que a pesca é muito praticada na região.
Alguns jacarés se assustam com o barulho do barco e entram na água. Mas a maioria, talvez já acostumada com o movimento, não se preocupa e continua tranquila o banho de sol.
Tuiuiús, também conhecidos como jaburus, se reúnem nos pequenos lagos que se formam à beira do rio, deixando suas presas mais acessíveis.
Garças, biguás e outras aves se amontoam nas árvores, mergulham e voam, numa imagem que remete ao paraíso.
O Sol, que começa a se pôr no horizonte, troca de lado a todo instante devido às curvas do rio. Os tons começam a mudar e a lua cheia desponta no céu alaranjado, refletindo seu brilho na água.
Os pássaros nesse momento parecem ficar mais ativos e o céu se enche deles por todos os lados.
O passeio a cavalo oferece a oportunidade de atravessar os charcos que ainda não secaram após a época das cheias e não se molhar até a cintura, como em alguns passeios a pé.
O ideal, como em qualquer passeio pelo Pantanal, é sair bem cedo, antes de o Sol nascer.
É nessa hora que muitos dos bichos estão acordando. Centenas de aves dos mais variados tipos voam sozinhas ou em bandos, cantando para mais um dia que começa.
Os bugios gritam nas árvores. O grito é tão alto que se imagina bichos enormes, mas não passam de frágeis macaquinhos.
Cavalgando até o fundo da fazenda é possível perceber as áreas que ficam alagadas durante a época das cheias.
Os capões -porções de mato isoladas no meio do campo- ficam como uma espécie de ilha no meio da planície alagada. É lá que os bichos procuram refúgio.
Nos passeios a cavalo você entende melhor o que é o Pantanal. Ainda mais quando se tem a sorte de avistar as ariscas emas, que costumam correr a 60 km/h.
(MS)

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