São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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Dead unia rock e psicodelia

GASTÃO MOREIRA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Jerry Garcia, guitarrista e mentor do Grateful Dead, poderia muito bem ter sido o quarto Freak Brother. Gozava do mesmo prazer por boa música e boas drogas.
Jerry levou seu Grateful Dead a Woodstock e Altamont. Tocou em meio às pirâmides do Egito. Embarcou nos anos 60 em "jams" regadas a LSD, sob supervisão de Ken Kesey, um dos gurus do ácido. Garcia exerceu liderança paternal sobre os seus fiéis seguidores, os "deadheads". Se referia aos fãs como sua família.
Quem viu o show classificou de experiência metafísica. Foi a liberdade ao tocar que permitiu o Grateful Dead percorrer os meandros da verdadeira psicodelia. Os cartazes de show e capas dos mais de 20 discos são obras de ``pop" arte.
Enquanto esteve vivo Jerry se manteve ativo fazendo o que mais gostava: pintando, tomando e tocando. Seus lampejos artísticos fizeram muita cabeça encontrar um sentido na vida.
Parte aos 53 anos merecendo mais que um capítulo na história do rock e da contracultura. Jerry Garcia tem um ``drop out" do mais alto gabarito.

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