São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995
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Dobra inadimplência na indústria de tintas

Volume de títulos protestados cresce 25% em 4 meses

VERÔNICA SINISCALCHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A inadimplência (atraso no pagamento) no setor de tintas aumentou de 12% para 23,5% no primeiro ano do Plano Real, na Divisão Glasurit, da Basf.
A quantidade de títulos protestados cresceu 25% nos últimos quatro meses, segundo Tomas Lauinger, 50, vice-presidente da empresa, líder no mercado nacional com a marca Suvinil.
``Para equacionar o problema, analisamos os atrasos e parcelamos a dívida passada com juros diferenciados, de acordo com o caso", disse Lauinger.
A inadimplência é confirmada por Antônio José Vieira Chaguri, 44, presidente da Associação dos Revendedores de Tintas no Estado de São Paulo.
Na opinião de Chaguri, dois fatores básicos contribuíram para os atrasos nos pagamentos.
O primeiro deles foi a queda de 48% nas vendas entre fevereiro e julho de 95.
O outro motivo é a inadimplência do consumidor, que aumentou de 2%, em novembro de 94, para 14%, em julho deste ano.
``As revendedoras de tintas estão estocadas, mas os lojistas não conseguem vender", diz Chaguri.
O presidente do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes no Estado de São Paulo, Roberto Ferraiuolo, 57, disse que as vendas em 94 foram 5% melhores do que em 93.
A expectativa de Ferraiuolo para este ano é manter o mesmo patamar de 94. ``Estamos aguardando a retomada nas vendas a partir deste mês", afirma.

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