São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995
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Família condena general desertor

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-ministro da Indústria do Iraque, general Hussein Kamel Hassan, foi colocado ontem numa lista de morte por seus familiares, que o acusam de traição por sua fuga para a Jordânia e suas ameaças ao presidente Saddam Hussein.
Numa declaração veiculada pela imprensa iraquiana, o tio do general Hassan, Ali Hassan El Madjid, disse que a família decidiu por unanimidade que se derrame o sangue de Hassan.
O jornal inglês "Mail on Sunday" revelou ontem, com base em fontes do serviço secreto da Jordânia, que Saddam Hussein teria ordenado o assassinato de seus dois genros desertores durante uma conferência de imprensa em Amã (capital da Jordânia).
O homicídio deveria ser executado por indivíduos disfarçados de jornalistas, mas as forças de segurança da Jordânia frustraram o complô.
O jornal inglês "Sunday Times" informou que os dois desertores pretendem pedir asilo político ao governo dos EUA.
Segundo o jornal, Hassan reuniu-se em Amã com uma delegação norte-americana e está negociando algumas compensações em troca de informações sobre a indústria militar do país.
Depois da fuga do general Hassan, o governo do Kuait pôs as Forças Armadas do país em estado de alerta máximo, segundo declarações do ministro da Defesa, Ahmad al-Hamoud al-Sabah.
"Tomamos todas as precauções necessárias para evitar conflitos em nossa fronteira setentrional, mas até, agora, não houve nada de excepcional", declarou al-Sabah.

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