São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995 |
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Brasil entra na rota do sequestro de aviões
CLÓVIS ROSSI
É uma composição de multinacional (empresas que operam em vários países) com narcotráfico, dado que o esquema, supõe a Interpol, é usado para obter aviões para o tráfico de drogas ou ``limpar" matrículas suspeitas. Nos últimos seis meses, houve dez casos em quatro países (Brasil, México, Nicarágua e Venezuela). O modelo de avião preferido é o Grand Caravan 208/208B, fabricado pela Cessna. Um técnico da companhia que está na Colômbia, James Mason, explicou ao jornal ``El Espectador" as razões da preferência: ``É fácil de consertar, barato de manutenção e com autonomia de vôo superior a oito horas, uma obra de arte", disse Mason. O que trouxe Mason à Colômbia é o mais recente dos dez casos e que adiciona uma pitada de mistério à prisão do último dos irmãos Orejuela (Miguel Angel), os chefões do cartel de Cali. Um Cessna Grand Caravan foi alugado em Manágua (Nicarágua) por uma fictícia entidade ambiental e sequestrado em Ometepe (Nicarágua), no dia 31 de julho. Apareceu em Cali, na mesma época e cidade em que foi preso Miguel Angel, dia 8 passado. A suposição das autoridades locais é a de que o chefão de Cali estaria na Costa Rica e teria regressado à Colômbia a bordo do avião sequestrado na Nicarágua. Reforça a suposição o fato de que o piloto do avião e o mecânico que fez a última revisão apareceram mortos a tiros, o piloto na Colômbia, o mecânico na Nicarágua. Livrar-se de testemunhas é parte do esquema dos cartéis. O jornal ``El Tiempo" revelou que cerca de 300 peões da construção civil foram mortos (ou estão desaparecidos) depois de terem trabalhado para a máfia. (CR) Texto Anterior: Opinião do pública fica dividida com o escândalo Próximo Texto: Colonos israelenses matam palestino Índice |
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