São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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Missa de sétimo dia será realizada hoje na PUC

DA REPORTAGEM LOCAL

A missa de sétimo dia pela morte do sociólogo Florestan Fernandes será realizada hoje às 18h no Tuca, teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Florestan morreu na madrugada de quinta-feira passada, quando se recuperava de um transplante de fígado realizado seis dias antes.
O atestado de óbito expedido pelo IML (Instituto Médico Legal) aponta uma embolia gasosa como causa da morte. A embolia teria sido causada pela entrada indevida de ar no organismo do sociólogo durante uma hemodiálise.
Filho de empregada doméstica, Florestan trabalhou como engraxate, auxiliar de enfermagem e garçom antes de ingressar na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Em 1945, iniciou sua carreira acadêmica como professor assistente. Na década seguinte, teve papel de destaque na construção da moderna sociologia brasileira.
Marxista e filiado ao PT, Florestan defendia a revolução socialista. Foi deputado federal em duas legislaturas (1987-91 e 1991-95).
O delegado Eduardo Hallage, que apura as circunstâncias da morte de Florestan, recebe hoje o laudo da autópsia feita pelo IML.
O documento dirá se a embolia foi a causa determinante da morte. O laudo permitirá que Hallage esclareça o ponto central da investigação: se houve ou não negligência no processo de hemodiálise.

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