São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995
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Erundina fez tentativa igual

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 12 de novembro de 1989, a então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (PT), assinou com representantes da Shell o termo de cooperação para a reforma do autódromo de Interlagos -medida indispensável para a volta do GP Brasil de F-1 à cidade.
A multinacional bancaria os US$ 3,5 milhões necessários para a recuperação do autódromo, gastaria US$ 1,5 milhão na compra de 15 ônibus e avalizaria o financiamento para a aquisição de outros 35 veículos.
Em troca, a prefeitura cederia à empresa 20 terrenos públicos. A Shell exploraria essas áreas por 20 anos, repassando 5% do faturamento dos postos ao governo municipal.
O TCM (Tribunal de Contas do Município), em sessão realizada no dia 16 de janeiro de 90, considerou o acordo ilegal. O tribunal queria concorrência para reforma.
A Shell, apesar de ter bancado parte do custo das obras, ficou sem os terrenos.
Até hoje, Erundina responde a um processo por crime de responsabilidade na Justiça por causa da assinatura do termo de cooperação.
Os membros do governo Erundina afirmam que, se a prefeitura realizasse uma concorrência, a reforma demoraria e o GP seria levado para Buenos Aires (Argentina).

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