São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995
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CPI comprova fraude em obra da Câmara

DA REPORTAGEM LOCAL

Houve superfaturamento na reforma do prédio da Câmara Municipal de São Paulo.
Essa foi a conclusão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou as obras na Casa.
O relatório final foi encaminhado à presidência da Câmara e ao Ministério Público, que também apura o caso.
Em 1992, o consórcio Villanova/Dipanav -que faz a obra no Palácio Anchieta, sede do Legislativo- foi contratado para reformar o prédio em dez meses.
Na época, o custo total da reforma seria de R$ 7,1 milhões.
Hoje, quase três anos depois, as obras ainda não foram concluídas e o valor da reforma mais que triplicou: saltou para R$ 24 milhões, dinheiro suficiente para construir um prédio novo.
Segundo o vereador Chico Whitaker (PT), que presidiu a CPI, foram gastos cerca de R$ 398 mil com os forros, 143% a mais do que o necessário.
Durante a apresentação do relatório da CPI, houve discussão entre os membros da comissão.
O relator da comissão, Osvaldo Giannotti (PPR), se disse satisfeito com o resultado da apuração feita pela CPI, entrando em choque com Whitaker.
Segundo o vereador do PT, as escadas de incêndio e os pisos de mármore que foram colocados na Câmara também tiveram superfaturamento.
O vereador pediu, na Justiça, a ampliação do prazo de vigência da CPI, encerrada no último dia 8 por ter terminado o prazo previsto no regimento da Casa (90 dias). O pedido foi negado. Whitaker recorreu e aguarda resposta da Justiça.

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