São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Justiça aceita concordata da Mesbla
FRANCISCO SANTOS
As cinco empresas terão dois anos para pagar dívidas de R$ 258,7 milhões com 2.000 credores sem garantias -quirografários, na linguagem técnica. A dívida total do grupo era de R$ 330 milhões no dia do pedido de concordata. A diferença (R$ 82,7 milhões) são dívidas que possuem algum tipo garantia, como hipotecas, que não são objeto de concordata. Pelas normas das concordatas, as empresas terão que pagar 40% da dívida total no primeiro ano e 60% no segundo. Além da Mesbla S/A, entraram em concordata Mesbla Lojas de Departamentos S/A, Presta Administradora de Cartões de Crédito, Mesbla Móveis Ltda. e Brazfabril S/A Indústria e Comércio, que administra imóveis do grupo. A Mesbla Lojas de Departamentos respondeu por 47,9% do faturamento do grupo no ano passado, de R$ 1,5 bilhão. A segunda maior contribuição para esse faturamento foi da Mesbla Veículos, que não está concordatária, com 42,3%. Também não entraram na concordata a financeira do grupo e o Consórcio Mesbla. As duas empresas, subordinadas às normas do Banco Central, não são passíveis de concordata, mas sim de intervenção ou liquidação pelo BC. Apesar dos rumores no mercado, a direção do grupo vem negando que elas estejam correndo risco de intervenção ou liquidação. O advogado do grupo Mesbla, Sérgio Bermudes, disse que a aceitação da concordata pela Justiça corresponde a uma ``declaração da regularidade dos papéis da empresa". Ele disse ainda que a aceitação ``mostra que a situação das empresas não é falimentar" e que ela irá superar o problema. A direção da Mesbla não se manifestou. Com sede no Rio de janeiro, a Mesbla possui 45 lojas de departamentos, 17 lojas de automóveis e 11 lojas de móveis. Possuía 11 mil empregados no final de 94. Apesar da concordata, o grupo manteve o projeto de abrir mais duas lojas de departamentos até abril de 1996. Uma no Novashopping, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), e outra no shopping Pateo Brasil, em Brasília. Texto Anterior: Dorothea quer `eximbank' brasileiro Próximo Texto: Supermercado cancela cartões Índice |
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