São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Japão desestimula brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Os filhos de brasileiros que foram trabalhar no Japão enfrentam dificuldades para se adaptar ao sistema de ensino daquele país.
Os casos mais graves ocorrem entre pré-adolescentes, afirmou ontem Massato Ninomia, professor da Faculdade de Direito da USP, que atua em entidades ligadas à colônia japonesa no Brasil.
Ninomia foi um dos expositores de ontem do seminário sobre discriminação étnica e educação.
Os pré-adolescentes, segundo ele, enfrentam mais dificuldades no aprendizado da língua do que as crianças mais novas.
O professor afirmou que as autoridades japonesas e as entidades brasileiras ligadas à questão estão preocupadas com a educação dos filhos de dekasseguis.
Dekasseguis são os brasileiros que vão ao Japão trabalhar com o objetivo de fazer poupança. Estima-se que eles enviem ao Brasil US$ 2 bilhões por ano.
O ensino é obrigatório para os japoneses dos seis aos 15 anos. As crianças brasileiras que chegam ao país são classificadas pelas escolas de acordo com a idade. Não é levado em conta o grau de aprendizado, afirmou Ninomia.
Segundo ele, muitas crianças, desmotivadas, abandonam a escola e passam a se limitar cada vez mais ao universo doméstico.

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