São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Argentina possui fundo semelhante

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O seguro para depósitos a prazo que o Banco Central quer implantar no país é semelhante ao adotado em junho deste ano pelo ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, após uma violenta crise no sistema bancário.
A diferença é que o modelo argentino cobre qualquer tipo de aplicação, incluindo depósitos à vista e caderneta de poupança, até a faixa de US$ 20 mil.
O volume total do seguro argentino supera a marca de US$ 1 bilhão. Além da contribuição compulsória das instituições financeiras, Cavallo contou com o auxílio de empréstimos externos.
Graças ao apoio do governo dos Estados Unidos, país onde o seguro chega a US$ 100 mil, Cavallo obteve um pacote total de empréstimos junto a agências oficiais e organismos multilaterais de US$ 7,5 bilhões para evitar a desvalorização do peso argentino, a exemplo da crise mexicana, ocorrida em dezembro de 94.
Pelos menos o equivalente a US$ 2 bilhões do volume total foi destinado à salvação do sistema financeiro e à criação da nova modalidade de seguro bancário.
Antes disto, o valor máximo assegurado era de US$ 10 mil. O limite foi expandido para US$ 20 mil porque cerca de 50 bancos continuam operando na Argentina, mesmo estando quebrados.

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