São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 |
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Viracopos é investigado por receber armas
MARTA AVANCINI
Nas sete apreensões, feitas nas casas de supostos colecionadores, foram encontradas 40 armas, entre fuzis AR-15 (de uso exclusivo do Exército dos EUA), metralhadoras Uzi (israelenses) e pistolas automáticas Luger (alemãs). Os nomes dos acusados não foram divulgados pela procuradoria. As apreensões foram feitas pelas polícias Federal e Civil. Os inquéritos de quatro casos estão andamento na Polícia Federal e o dos outros três estão sendo analisados pela procuradoria. O procurador Ademar Viana Filho afirma que as armas podem ter entrado pelo aeroporto de Viracopos. O delegado da Polícia Federal em Campinas, Admir Tozzo, não quis comentar as investigações. ``Os aeroportos são uma porta de entrada de armas, principalmente as sofisticadas como metralhadoras Uzi e fuzis AR-15." O superintendente do aeroporto de Viracopos, Mozart Mascarenhas Alemão, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhece o fato. Na avaliação do procurador, a região de Campinas é uma espécie de entreposto. ``As armas chegam aqui e são vendidas para outras regiões onde o crime organizado é mais forte." O procurador já pediu a abertura de um processo à 1ª Vara Criminal da Justiça Federal em Campinas. Até o fim da semana, mais um caso deve ser encaminhado à Justiça. Se forem condenados, os acusados podem ser presos por contrabando, com pena de prisão entre um e quatro anos. Colecionadores de armas têm que ser registrados no Exército. ``Não constatamos nenhuma irregularidade até o momento na primeira fase do trabalho, mas vamos começar a vistoriar as coleções", disse o coronel Eliasar de Oliveira Almeida, 46, relações públicas do comando da 11ª Brigada de Infantaria Blindada. Texto Anterior: Correios pedem julgamento de paralisação Próximo Texto: Empresário é morto com chave de fenda Índice |
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