São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Índice da Bolsa paulista tem alta de 3,84%

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O índice da Bolsa paulista registrou alta ontem de 3,84%, reagindo de maneira positiva ao acordo realizado entre os bancos privados e o Banco Central para a criação do seguro de garantia de depósito. O seguro a ser regulamentado deverá dar maior tranquilidade aos correntistas do mercado financeiro.
As propostas de reforma administrativa e tributária enviadas ontem pelo governo ao Congresso também repercutiram de maneira favorável no mercado.
As Bolsas reagiram de maneira positiva, também, às declarações do ministro Malan de que o governo deve reduzir de maneira gradual o depósito compulsório sobre os bancos -o que deverá significar mais dinheiro em circulação- e ir diminuindo as taxas de juros.
As Bolsas subiram no Brasil, deixando de seguir os índices dos mercados acionários internacionais. Houve queda de 0,77% no índice da Bolsa de Nova York; 0,66% em Londres e baixa de 0,82% em Tóquio.
No mercado cambial, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólar a R$ 0,946, sem variações em relação ao dia anterior.
As entradas superaram as saídas em US$ 5,024 bilhões este mês até o dia 22, um recorde no Plano Real. Ulysses Ferreira, diretor do Banco Patente, estima que as reservas internacionais chegarão este mês a US$ 42 bilhões.
O fluxo cambial diário foi positivo (entradas superando as saídas) em US$ 114,82 milhões no dia 22, contra US$ 23,51 milhões no dia anterior.
O Banco Central manteve os juros do over (negócios por um dia), permanecendo a projeção de rentabilidade para o mês em 3,83%.
A expectativa no mercado futuro de juros (Depósito Interfinanceiro) é de queda gradual nas taxas, passando para 3,42% em setembro; 3,23% em outubro; 3,12% em novembro e 3,11% em dezembro.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,118%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,88% para dias úteis, projetando rendimento de 3,83% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,84% ao mês, projetando rentabilidade de 3,81%.

As cadernetas que vencem hoje rendem 3,5239%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 30% e 52% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias entre 16% e 17% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,50% ao mês, projetando rentabilidade de 4,46%. Para 30 dias (capital de giro): entre 54,5% e 117% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,94% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 3,84%, fechando com 44.711 pontos e volume financeiro de R$ 340,91 milhões. Rio: valorização de 2,7%, encerrando a 19.857 pontos e movimentando R$ 59,10 milhões.

Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.584,85 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.639,80 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 17.731,98 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,945 (compra) e R$ 0,946 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,942 (compra) e por R$ 0,944 (venda). ``Black": R$ 0,945 (compra) e R$ 0,950 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,943 (compra) e R$ 0,948 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,920 (compra) e R$ 0,950 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,09%, fechando a R$ 11,55 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 22 foi positivo em US$ 1,207 bilhão. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 3,817 bilhões. O saldo total está positivo em US$ 5,024 bilhões.

No exterior
Segundo a ``UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5432 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4795 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 96,53 ienes.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,81% no mês e para setembro a 3,42% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 45.600 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para agosto fechou a R$ 0,949 e a R$ 0,962 para setembro.

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