São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Polícia bane faixas e bandeiras das torcidas

ARNALDO RIBEIRO; RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista de Futebol e a Polícia Militar começaram ontem a apagar a imagem das torcidas uniformizadas dos estádios.
Ontem à noite, na partida Bragantino x Palmeiras, passou a vigorar a proibição da entrada nos estádios de pessoas portando faixas e bandeiras com o nome ou símbolos das torcidas organizadas.
Somente serão permitidas faixas que contiverem a imagem dos clubes de futebol.
No fim-de-semana, essa proibição será estendida para as camisetas das torcidas organizadas.
Os trajes são o elo mais forte entre os torcedores dos clubes.
Muitos, que nem são associados, compram camisetas falsificadas para se confundir com um membro da uniformizada.
A proibição do uso de ``uniformes" teve o ``aval legal" do advogado e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Rubens Aprobatto Machado.
O objetivo é dificultar a identificação entre os jovens integrantes das torcidas.
Os policiais vão barrar os torcedores uniformizados na revista rotineira nas catracas dos estádios.
Em conjunto com a FPF, o Ministério Público pretende elaborar, em 15 dias, um projeto de lei que visa transformar as ocorrências entre torcedores em crime específico.
O texto será enviado ao ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Fernando Capez, promotor do Ministério Público, propôs ontem a instalação de delegacias móveis em todos os estádios de São Paulo.
Acha que isso evitaria a impunidade dos ``baderneiros".
``Se tivéssemos Distritos Policiais móveis nos estádios, os infratores poderiam ser presos ou autuados em flagrante. Eles não escapariam", afirmou.
(AR e RB)

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