São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Presidente do Chile envia projetos para reduzir poder de militares

NEWTON CARLOS
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

O presidente do Chile, Eduardo Frei, deixou claro, com o envio ao Congresso de três projetos de lei, que a ``transição à democracia" no país ainda não foi completada.
A direita fiel a Pinochet, da União Democrática Independente, mobiliza-se para torpedeá-los, convencida de que pode fazê-lo.
A esquerda e grupos de defesa dos direitos humanos falam que as medidas são ``insuficientes".
Frei precisará da direita democrática do Chile. Os votos da sua coligação, de democratas-cristãos e socialistas, não bastam.
O presidente diz que quer evitar situações como as provocadas pela condenação à prisão, por assassinato, de dois generais da polícia secreta de Pinochet, Manuel Contreras e Alfredo Espinoza.
Frei quer acabar com a autonomia das Forças Armadas, garantida pela Constituição de 1980. Ela proíbe que o presidente mude as chefias, mantendo a estrutura de comando da ditadura.
Pinochet, como comandante do Exército, e oito senadores têm ``mandato" até 1998. Ele queria, ao criar senadores designados, evitar mudanças na Constituição.
Frei enfrentará ainda a esquerda e talvez os militares no caso dos desaparecidos na ditadura.

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