São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Escola alemã oscilou entre duas formas de linguagem

DA REPORTAGEM LOCAL

O cinema alemão, a grosso modo, pode ser dividido em duas fases: o expressionismo, surgido nos anos 10 e que prossegue até a década de 20 e, ainda, os filmes produzidos nos anos 60 e 70, influenciados pela Nouvelle Vague.
O que se entende hoje por expressionismo serve para explicar o trabalho de um grupo de diretores que, a rigor, nunca formaram, oficialmente, um grupo ou escola.
Em sua maioria, os filmes mostram histórias lúgubres contadas em cenários cuidadosamente pensados, onde as imagens exploravam o máximo dos recursos da fotografia em preto e branco.
Outros nomes são Friedrich Murnau (1888-1931), diretor de ``Nosferatu", de 1922, e Robert Wiene (1881-1934), que em 1919 realiza o filme inaugural: ``O Gabinete do Dr. Caligari".
Depois de um período em que a Alemanha era lembrada mais por seus astros que fizeram carreira na América, um grupo de jovens cineastas é afetado pelas inovações de linguagem realizadas na França no final dos anos 60.
Diretores como Rainer Werner Fassbinder (1946-1982), Hans-Jurgen Syberberg, 60, Werner Herzog, 53 e Wim Wenders, 50, tentam restabelecer uma indústria de cinema em seu país e procuram usufruir do caminho aberto pelos franceses.
Fassbinder morreu por overdose e Herzog preferiu a recusa ao cinema minimamente comercial.

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