São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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BC espera solução para saldo alto

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, disse ontem que os clientes do Banco Econômico com saldos superiores a R$ 50 mil devem ter sua situação resolvida nos próximos seis meses.
Esses recursos não serão pagos com dinheiro do seguro de depósitos a ser criado em breve pelo Banco Central.
O seguro vai pagar recursos dos clientes do Econômico com saldo acima de R$ 5.000 e até R$ 50 mil.
Eles representam 90% dos depositantes, segundo Loyola. Os outros 10% dos clientes têm depósitos com saldo acima de R$ 50 mil, totalizando recursos de R$ 1,5 bilhão, segundo dados do BC.
A solução para a situação dos clientes com depósitos acima de R$ 50 mil não será necessariamente o pagamento do dinheiro.
Segundo Loyola, o equacionamento desse problema pode ser o parcelamento dos recursos ou até mesmo a troca por outro tipo de ativo.
O presidente do BC afirmou, no entanto, que até agora, nada está definido.
Loyola disse que a liquidação do Econômico, em intervenção desde 11 de agosto, é uma hipótese.
``Mas não estamos contando que isso seja necessário", afirmou.

Prioridade
Segundo ele, a prioridade do governo é resolver o problema dos clientes da instituição, pagando a eles os valores que mantinham depositados no banco.
A criação do seguro de depósito vai beneficiar, além dos clientes do Econômico, também os correntistas e poupadores dos bancos Mercantil (de Pernambuco) e Comercial (de São Paulo).
Além disso, serão beneficiados clientes de bancos que vierem a sofrer intervenção pelo Banco Central.

Inquérito
Loyola indicou ontem os integrantes das comissões de inquérito para analisar se houve prejuízo e como ele foi provocado nos bancos Econômico e Comercial.
As duas comissões do Banco Central têm prazo de 120 dias para concluir e apresentar os trabalhos.

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