São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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Referência ao Grito dos Excluídos em nota causa polêmica na CNBB

FERNANDO MOLICA
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A promoção do Grito dos Excluídos -manifestações de protesto que ocorrerão no 7 de Setembro- provocou polêmica durante a reunião do conselho permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Segunda instância de poder na CNBB (fica abaixo apenas da assembléia geral), o conselho permanente reúne 29 bispos.
Bispos que discordam da manifestação, como d. Eugênio Sales, do Rio, conseguiram descaracterizar uma menção ao evento em nota que será divulgada hoje sobre conflitos relacionados à posse de terras no Pará e em Rondônia.
O texto original da nota fazia uma convocação aos atos do dia 7: "Convidamos todos a ouvir o `Grito dos Excluídos"'.
Inicialmente, d. Eugênio pediu que a palavra "grito fosse substituída por "clamor. A questão acabou solucionada por um acordo: o texto seria mantido, mas a expressão "Grito dos Excluídos seria impressa sem aspas e em letras minúsculas.
Dessa forma, o texto acabou fazendo apenas um apelo genérico para as reivindicações de setores marginalizados da população ("Convidamos todos a ouvir o grito dos excluídos).
Outro acordo fez também que alguns trechos da nota fossem amenizados.
A polêmica ocorreu entre d. Eugênio e d. Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP), um dos autores da primeira versão da nota e responsável pelo setor social da CNBB, que organiza o ``grito".

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