São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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Confusão entre polícias prejudica inquérito

DA REPORTAGEM LOCAL

A pressa em encontrar e punir os responsáveis pela batalha campal do último domingo, entre palmeirenses e são-paulinos, está atrapalhando as investigações.
A Polícia Civil, responsável pelo inquérito, e a Polícia Militar, que está prestando auxílio no caso, não se entendem.
Apesar de não admitir publicamente, a Polícia Civil culpa a precipitação da PM pelo fato de o torcedor Adalberto Benedito dos Santos ainda estar foragido.
Ele é acusado de agredir Márcio Gasparin da Silva -que continua em estado de coma- e teve a sua prisão provisória decretada.
Anteontem, a Polícia Civil teve a informação de que o torcedor procurado estava escondido em uma casa na rua Antônio Cavasan, no Parque Peruche (zona norte).
A PM teria ``vazado a informação" e a imprensa chegou ao local antes dos policiais. Resultado: Adalberto dos Santos teria fugido.
O diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Marco Antônio Desgualdo, 45, e o coronel Roberto Lemes, 50, negaram atrito entre as duas polícias.
Mas, ontem, a PM decidiu entrar -sem avisar a Polícia Civil- na casa de Luís Estábile Rhiga, 19, são-paulino, que também fica na rua Antônio Cavasan.
Segundo a PM, Rhiga é amigo do palmeirense Adalberto dos Santos e estaria acobertando-o. Ele depôs no DHPP e foi liberado.
Outra divergência entre as polícias foi a divulgação pela PM do nome de Adalberto dos Santos.
``A precipitação é um erro quando se busca provas de um crime", disse o delegado Desgualdo.
``Não vejo por que não podemos levantar informações. A população deve receber uma resposta rápida", disse o coronel Lemes.

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