São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995 |
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Torcedor condena as uniformizadas
ARNALDO RIBEIRO
Para a polícia, o mais importante deles foi o do menor R.J.M., 17, também integrante da Mancha Verde. ``Segundo o depoimento dele, ficou caracterizado o uso de violência por parte das torcidas organizadas. Ele disse que os dirigentes da Mancha Verde são ignorantes e espancam os torcedores novatos nas suas primeiras viagens em dias de jogos", disse a delegada do DHPP, Elisabete Sato. R.J.M. teria dito que um amigo seu quebrou o braço após ser espancado em um dos ``rituais de iniciação". Depois de ser reconhecido pelos colegas de escola em fotos dos jornais, que mostram as cenas da briga do último domingo, R.J.M. decidiu se apresentar voluntariamente à polícia. O seu depoimento, que compromete o presidente da Mancha Verde, Paulo Serdan, será encaminhado à Vara da Infância e Juventude e ele pode sofrer punições. Denúncias como essa serão aproveitadas pelo Ministério Público. O objetivo é provar que as torcidas organizadas são entidades paramilitares (que se utilizam de práticas violentas) e procurar extingui-las. Além de Paulo Serdan e do menor R.J.M., outros três depoimentos foram tomados ontem pela polícia: Luís Estábile Rhiga, 19, (da torcida Dragões da Real, do São Paulo), D.N. (da TUP/Piracicaba, do Palmeiras) e E.H. (da Mancha Verde). José Lucena, acusado de agredir o torcedor Jean da Silva Bosco, com uma paulada na cabeça, continua foragido. (AR) Texto Anterior: Confusão entre polícias prejudica inquérito Próximo Texto: A culpa pela violência vem da Suíça Índice |
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