São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995
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Investigação sobre o conflito é prorrogada

GEORGE ALONSO
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO (RO)

A Justiça autorizou a prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito que apura responsabilidades no conflito de Corumbiara (RO).
Onze pessoas morreram durante a desocupação, pela Polícia Militar, da fazenda Santa Elina, no último dia 9.
O pedido de prorrogação foi feito pelo delegado Raimundo Mendes de Souza Filho, que dirige o inquérito em Colorado do Oeste.
A Secretaria de Segurança de Rondônia encaminhou para Colorado do Oeste um veículo e recursos para que o processo seja acelerado.
Até o momento foram ouvidos 125 sem-terra -que fizeram exame de corpo de delito (lesões sofridas).
Apenas 11 soldados da Polícia Militar de Vilhena foram ouvidos até agora, segundo o delegado, que pretende ouvir todos os 187 PMs envolvidos no massacre, entre eles 49 soldados da Companhia de Operações Especiais (COE), de Porto Velho, tropa de choque que atuou no conflito.
Os projéteis foram recolhidos nos corpos da vítimas. As armas de posseiros já passaram por um exame de eficiência na seção de criminalística de Vilhena.
Parte das armas da PM ainda não foi examinada. "As armas da COE serão enviadas em lotes, para que a tropa não fique desarmada", disse o perito Rivadavia Marcelino da Silva Filho.
Segundo ele, todas as armas analisadas até agora, de posseiros ou PMs, foram disparadas.
O exame de balística (que define de qual arma saiu determinada bala) será feito em Curitiba (PR). O motivo, segundo o perito: no Instituto de Criminalística de Porto Velho, o aparelho usado para esse tipo de exame está quebrado.

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