São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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Governo pode perder com Paes
CLÓVIS ROSSI
Afinal, Paes de Andrade, por enquanto candidato único, votou contra quase todas as reformas propostas pelo governo e é tido como estatizante. Além disso, é um encarniçado adversário regional do governador Tasso Jereissati -o tucano mais próximo de FHC. Nada garante que Paes, eleito presidente do PMDB, continue votando contra o governo. Mas o Planalto perde de qualquer forma. Pedro Simon antecipa que, com Paes na presidência, o PMDB gaúcho fica fora da Executiva Nacional, instância que dirige o partido. Os principais aliados do governo no PMDB ficariam, portanto, à margem das discussões internas. Exceto os gaúchos, os demais peemedebistas consultados ontem pela Folha anotavam grande fortalecimento da candidatura Paes de Andrade. Talvez por pressentir o isolamento, os gaúchos já insinuam a necessidade de adiar a data da escolha do presidente, marcada para dia 10 de setembro. Acham que há pouco tempo para costurar um entendimento, ainda mais se se considerar que 7 de setembro é feriado, o que reduz ainda mais o já curto prazo para chegar-se a um acordo. Mesmo que o prazo se amplie, ainda assim não será fácil um entendimento em torno de qualquer um dos quatro nomes alternativos. Odacyr Klein é do PMDB gaúcho, a ala mais marginalizada do partido atualmente. Iris Rezende fora o primeiro nome escolhido pelos caciques partidários, mas declinou, afirmando que preferia ser o presidente do Senado na próxima gestão. Temer já é o líder do partido na Câmara, posição a partir da qual influi e participa mais do que como presidente. Aloysio Nunes é um deputado federal de primeiro mandato, pouco ou nada conhecido fora de São Paulo. (CR) Texto Anterior: Presidente nega interferência Próximo Texto: Oficial da PM é morto com um tiro no Rio Índice |
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