São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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Ministro do Interior decide assumir acusações
DENISE CHRISPIM MARIN
Em seu depoimento na Câmara de Deputados sobre a atuação de grupos acusados de agir nos serviços de correio, na quarta-feira, Cavallo se negou a dar o nome de Corach. Corach declarou que intercedeu em favor do jornalista Daniel Hadad, que estava sendo investigação da DGI (Direção Geral de Impostos), sob acusação de sonegação, há oito meses. “Hadad manifestou que se sentia politicamente perseguido em uma investigação da DGI. Eu falei com (Ricardo) Cossio e transmiti sua inquietude”, afirmou. Cossio era o diretor da DGI -o equivalente argentino da Receita Federal brasileira- na época. Nova polêmica A declaração de Corach reacendeu a polêmica criada com as denúncias de Cavallo. Líderes da UCR (União Cívica Radical), partido de oposição ao governo do presidente Carlos Menem, afirmaram ontem que vão processar criminalmente os dois ministros: Cavallo por “encobrimento” de Corach e o próprio ministro do Interior por tentar frear as investigações contra Hadad. “Eu não dei o nome porque estava seguro de que o doutor Corach é um homem de bem e que não havia nenhuma má intenção com essa chamada (a Cossio). Eu ia dar a conhecer”, argumentou Cavallo. “Aqueles que disseram que eu encobria ou omitia informações podem ver que não é assim”, completou o ministro. Hadad, por sua vez, afirmou que o ministro da Economia cometeu uma calúnia contra ele. “Neste país, quem não pensa como o ministro, a DGI cai em cima”, declarou. (DCM) Texto Anterior: Cavallo tenta dar demonstração de força Próximo Texto: Menor volume de venda aumenta preço do "Windows 95" no país Índice |
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