São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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México decide liberar preço do açúcar
FLAVIO CASTELLOTTI
Conforme o acordo firmado ontem entre o governo e a Câmara Nacional da Indústria Açucareira (CNIA), o preço do açúcar terá uma alta inicial de 10%, que será seguida por aumentos paulatinos de 3% nos próximos quatro meses. O aumento é a única solução para a maioria dos engenhos mexicanos que estão prestes a quebrar, de acordo com o presidente do grupo Escorpión, Enrique Molina, que é o maior produtor açucareiro do país. "Além do mais, os mexicanos estão gordos e devem consumir menos açúcar", acrescentou o presidente do grupo. Dívida Segundo a CNIA, os 61 engenhos açucareiros mexicanos possuem, juntos, uma dívida de cerca de US$ 1,3 bilhão com os bancos nacionais. O Ministério de Comércio e Fomento Industrial mexicano continuam mantendo sob controle o preço dos outros cinco produtos que estão na lista dos "básicos e indispensáveis". São eles: medicamentos, leite, leite em pó, farinha de milho e "tortilla" (uma espécie de crepe feito de farinha de milho, que constitui base alimentar da maioria dos mexicanos). Inflação A inflação da primeira quinzena de agosto foi de 0,9%, segundo informou ontem o Banco do México. Trata-se do índice quinzenal mais baixo registrado este ano. Especialistas calculam, porém, que, nos próximos meses, a taxa poderá sofrer pressões no sentido de alta devido à liberação do preço do açúcar. O reflexo poderia ser, avaliam eles, de 0,3% por mês. Em agosto, os produtos que mais puxaram o índice foram cigarros, ovos e gasolina. Texto Anterior: As nossas elites ainda não mudaram Próximo Texto: Ted Turner busca apoio francês Índice |
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