São Paulo, sábado, 26 de agosto de 1995 |
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Grupo holandês se apresenta no Masp
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
O grupo se distingue no cenário atual da música contemporânea pelo uso de instrumentos de música popular, como guitarra, bateria e saxofone. E também pelo recurso da improvisação. Eles desenvolveram uma técnica própria de escrever suas partituras, deixando grandes espaços em branco, que são preenchidos com improvisações pelos músicos. Em alguns momentos do concerto de abertura da turnê, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), quarta-feira, o Ensemble Loos parecia um grupo de rock, por causa do alto volume de seu som. Em outros momentos, o concerto se transformou em uma autêntica ``jam session", com todos os seus cinco integrantes improvisando. Mas geralmente é difícil saber quando estão improvisando ou lendo partitura. O grupo trabalha junto com compositores eruditos da Holanda, que encontram alguma afinidade na estética que os seus integrantes definem como ``direta, clara e, principalmente, em volume alto". No concerto de amanhã, eles planejam tocar composições próprias e duas peças escritas especialmente para o grupo pelos compositores contemporâneos Louis Andriessen (``Hout") e Paul Termos (``1991"). O Piano Duo -formado pelos pianistas Gerard Bouwnuis, 41, do Ensemble Loos, e Cees van Zeeland- completa o espetáculo com a apresentação de ``The Republic", de Louis Andriessen, e ``Structure-Livre 2", do francês Pierre Boulez. ``The Tragic Act", último trabalho encomendado pelo Ensemble Loos ao compositor holandês Cornelis De Bondt, não será mostrado nesta turnê porque tem duração de uma hora. Em dezembro, o grupo entra no estúdio para gravar ``The Tragic Act", que deve ser lançado em CD ano que vem pela editora musical holandesa Donemus. Texto Anterior: Homem às vezes é volúvel demais Próximo Texto: "Da Lata" exalta o Rio multicultural Índice |
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