São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995 |
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Prêmio recorde provoca 'conflito interior'
PAULO SAMPAIO
A atriz Mayara Magri, 33 anos, diz que colocaria tudo na poupança e, logo no primeiro rendimento (R$ 1.400 milhão), tiraria uma parte para realizar um velho sonho de consumo. ``Sempre quis ter uma Ferrari." O carro da foto custa aproximadamente R$ 300 mil, ou 1/120 do prêmio todo. E o resto? ``Fico nervosa só de pensar em tanto dinheiro. Acho que daria uma parte para os amigos, sei lá", diz. A estilista Ana Kaufmann, 40, também prevê um terrível conflito interior caso ganhe sozinha o prêmio. Ela prefere dividi-lo. ``Acho melhor ganhar R$ 8 milhões do que R$ 40 milhões. Chega um ponto em que muito dinheiro vira um problema", afirma. Ana acha que o maior prêmio, para quem vira milionário da noite para o dia, é ficar livre para sempre dos dissabores da política econômica. ``Nunca mais pensar em crédito, nem em falta de mão-de-obra, ou excesso. Ficar imune aos sucessivos desastres que as equipes econômicas vêm submetendo o país." Ela diz não ter sonhos de consumo. Nem jóias, nem roupas, nem viagens (``a não ser que fosse de mudança para fora do país"). Só há um assunto que faz Ana pensar em gastar muito dinheiro. ``Adoro obras de arte", diz. ``Quadros, móveis antigos, vasos." O secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, é o único cujo sonho certamente consumiria todo o prêmio (e ainda faltaria dinheiro). ``Gostaria de tentar resolver o problema da poluição e do meio ambiente em São Paulo." Texto Anterior: Peão brasileiro é campeão nos EUA Índice |
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