São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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PM acha difícil fechar torcidas

DA REPORTAGEM LOCAL

Acabar com as torcidas organizadas pode ser um tiro pela culatra. Essa é também a opinião do coronel Carlos Alberto de Camargo, comandante do 2º Batalhão de Choque da PM, que cuida da segurança nos estádios de futebol na cidade de São Paulo.
Segundo ele, para que uma proibição como essa funcione, ela teria de ser bem efetuada e controlada. Senão as torcidas continuariam a existir na clandestinidade.
``As torcidas poderiam desenvolver mecanismos clandestinos de atuação. Isso tornaria ainda mais difícil contê-las", afirmou Camargo.
Atualmente a PM obriga as torcidas a enviarem periodicamente uma lista de seus filiados, com endereço e outros dados pessoais.
Isso permite identificar e localizar mais facilmente torcedores envolvidos em casos de violência, como a briga do último domingo.
``Além disso, reconhecendo a existência das torcidas, o Estado pode responsabilizá-las legalmente pelos seus atos, inclusive cobrando pelos danos causados ao patrimônio", disse o coronel.

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