São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Políticos e militares acompanham cientista

RICARDO BONALUME NETO
DO ENVIADO ESPECIAL

Havia um senador e sua mulher, um deputado federal, oficiais generais e oficiais superiores da Marinha e Aeronáutica a bordo do avião de transporte Hercules C-130H que foi levar à Antártida o pesquisador René Medrano, há algumas semanas.
Mas, de certo modo, ele era a pessoa mais importante a bordo do avião da FAB.
Sem as Forças Armadas para geri-la e provisioná-la, e sem o Congresso para votar recursos para ela, a Estação Antártica Comandante Ferraz não existiria. Mas ela existe para apoiar a pesquisa de Medrano e seus colegas.
A pesquisa em um continente hostil como a Antártida é -com o perdão da imagem gasta- como a ponta dos icebergs que rondam os navios na região.
Por trás de cada artigo publicado em uma revista científica está o trabalho dedicado de dezenas de outras pessoas, como os militares que administram a base, os tripulantes dos navios oceanográficos ou dos aviões de transporte que chegam ali várias vezes por ano.
No verão é possível chegar à base de navio. No inverno, o mar em torno está congelado e só chegam ali helicópteros. Os aviões C-130 do 1º/1º GT (1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte) precisam parar na vizinha base chilena Eduardo Frei, de onde helicópteros chilenos levam os pesquisadores e militares à estação brasileira.
Medrano teve uma amostra das dificuldades nesta viagem, sua primeira no inverno.
O C-130 faz escala em Punta Arenas, sul do Chile, antes de cruzar o mar até a Antártida. No primeiro dia previsto para a viagem, o tempo não permitiu a decolagem. No segundo dia, o avião teve de voltar quase da metade do caminho. E, mesmo quando chegou à base Frei, o tempo não permitiu que o helicóptero o levasse até a estação brasileira.
(RBN)

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