São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Ozzy o mostro insano

ANA BAN

" Não gosto do rótulo heavy metal, é muito restritivo. Prefiro chamar o estilo de `ozzy music', que abrange tudo"

Foi uma fase de recuperação. Percebi que as drogas e o álcool estavam destruindo o meu corpo, era hora de parar. Agora não bebo mais, não uso drogas, faço exercícios todos os dias. Ainda tenho muito pela frente.
Depois de anos nos EUA, você voltou para a Inglaterra, para morar em uma fazenda. Por quê?
Porque eu faço muito barulho. Quando moro perto das pessoas, elas reclamam, chamam a polícia. Sou muito louco, ligo o som no último volume o dia inteiro e a noite inteira. Minha casa é onde penduro meu chapéu. Estou sempre mudando.
Quem mora com você?
Minha mulher, Sharon, que também é minha empresária, e meus três filhos com ela (de 9, 10 e 11 anos). Tenho mais dois, do primeiro casamento.
Por que você escolheu a América Latina para esta grande turnê?
Há muitos anos quero fazer isso, porque sempre lembro da recepção que tive no Rock in Rio (1985). Foi fenomenal. Depois da turnê de "No More Tears" eu decidi parar de fazer shows. Mas sou o tipo que, quando está na estrada, quer sair, e quando sai, quer voltar. Então dei um tempo para pensar e ouvir meu coração. E meu coração disse `Ozzy, vá lá e cante!' Resolvi cantar em lugares onde as pessoas nunca me viram. Quero ir também à África do Sul e Austrália.
O que você lembra do Brasil?
Foi fantástico. Lembro de ter visto aquela estátua de Cristo em cima da montanha: era como estar no céu, olhando para baixo, dava para ver entre as nuvens... Mas a melhor coisa sobre a América do Sul é que as pessoas realmente têm ritmo, elas vivem o ritmo, a música é ótima.
Alice Cooper (cantor americano, pioneiro do rock teatral) dá show no mesmo dia que você. Que acha dele?
Ele é o cara que começou tudo isso. É um bom amigo e uma boa pessoa.
E como vai ser o show?
Se eu contar, não vai haver surpresa. Eu adoro surpreender as pessoas.
O que espera da visita ao Brasil?
Quanto mais enlouquecida a platéia ficar, mais enlouquecido fico. Quero que todos enlouqueçam.

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