São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Estacionamento é um negócio lucrativo

NELSON ROCCO
EDITOR-INTERINO DO TUDO

O trânsito caótico de São Paulo, com uma frota de mais de 4,2 milhões de veículos de quatro rodas, associado à falta de segurança nas ruas está provocando aumento da demanda por estacionamentos.
Esses fatores fazem com que abrir um estacionamento em cidades com grande volume de carros se torne uma opção atraente de negócio.
O investimento, segundo Sérgio Morad, 39, presidente do Sindipark (sindicato dos empresários do setor), fica em cerca de R$ 25 mil para um local com cerca de 700 m2, ou 45 vagas. A lucratividade no setor é de 15%.
É importante construir uma cabine de controle para atendimento aos clientes e uma cobertura na recepção.
Morad diz que o estacionamento precisa de instalações elétricas e hidráulicas, muro e alambrados, além de sanitários e vestiário para os funcionários. O piso pode ser asfaltado ou de pedregulhos.
``O número de funcionários varia conforme o horário de funcionamento", afirma o presidente do Sindipark. Ele ressalta, no entanto, que a média do setor são cinco funcionários para empresas que trabalham 24 horas, todos os dias.
O empresário que já tem um terreno está com meio caminho andado. Caso contrário, é necessário procurar um local próximo a ruas de comércio, bancos, casas noturnas ou restaurantes.
É comum o dono do terreno cobrar um percentual do faturamento como aluguel. O ideal é conseguir acertar um valor fixo. Gabor Fekete, 39, paga 20% de aluguel sobre os ganhos no seu estacionamento de Moema (zona sul).
O empresário é dono da rede Mega Park, com oito unidades em São Paulo. O local, em Moema, ele alugou do Banco Itaú.
Alcebíades Lima, 75, tem um estacionamento para cem carros em Santana (zona norte). Ele afirma que paga de aluguel cerca de 50% do faturamento.
Trabalhar com mensalistas é uma forma de garantir o rendimento. A maior parte do movimento do Time Park é de clientes que pagam por mês.
O dono, Oscar Cunha Júnior, 42, diz que está há 11 anos no subsolo de um prédio na praça General Olímpio da Silveira (centro), com vaga para 80 carros. ``Cerca de 30% dos clientes moram no prédio."
Ele diz que a garagem é um bom negócio e quer abrir outras. O faturamento bruto do Time Park é de cerca de R$ 8.000 por mês. ``O líquido não chega a R$ 4.000."

LEIA MAIS
sobre estacionamentos na pág. 8-2.

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