São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995 |
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TV ganha em jornalismo com "SBT Repórter"
SÉRGIO DÁVILA
Segundo dados preliminares do Ibope, SBT Repórter alcançou 10 pontos de audiência (ou 400 mil domicílios na Grande São Paulo). No horário, a média era de 8 pontos (ou 320 mil domicílios). O programa pretende tratar, com reportagens de fôlego, de um tema por semana. Pode "pegar" como opção diferenciada ao popular "Aqui Agora" e ao dia-a-dia do "TJ Brasil", ambos do SBT. A julgar pela estréia, sobre o megajulgamento de O.J. Simpson (ex-jogador de futebol americano acusado de matar sua mulher e o suposto namorado dela há um ano), a nova atração deve funcionar. Vai na linha do "Globo Repórter" (paradigma inevitável, até pelo nome) e tem algo do extinto "Documento Especial". Mas começa mais esperto, pela pauta (o tema e o desenrolar da reportagem). Conduzida pela experiente Mônica Teixeira (ex-"Fantástico"), a equipe brilhou. Com 30 segundos iniciais de texto simples e direto, situou bem o telespectador no chamado "julgamento do século", até agora tratado com indigência pela TV brasileira. Com intervenções no local e imagens próprias, o "SBT Repórter" entrevistou um ex-jurado, a irmã da assassinada e chegou a ser apedrejado em San Francisco, no bairro onde O.J. foi criado. Deu conta ainda do aspecto econômico e racial do circo armado. Quando suas perguntas são factuais, o resultado é mais informação. Mas quando o âncora pede a opinião da repórter ("Você acha que O.J. é inocente ou culpado?"), perde-se muito. É o senão. Texto Anterior: Um cartão bem escrito Índice |
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