São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995 |
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França desarma bomba em trilho de trem
VINICIUS TORRES FREIRE
No fim-de-semana, a maioria dos franceses voltou das férias de verão, quase coletivas. Setembro é o mês de volta às aulas. Um condutor do TGV (trem de grande velocidade) notou "um pacote suspeito no sábado, a cerca de 15 km de Lyon, no 15º trem que ia para Paris naquele dia. A linha ficou seis horas fechada. Segundo a polícia, a bomba deveria explodir com a passagem de um trem, mas o detonador falhou. O ministro do Interior, Jean-Louis Debré, disse ontem que ainda não é possível associar a bomba do TGV às dos atentados de Paris. A bomba de cerca de 25 kg, artesanal, era feita de um botijão de gás e tinha um detonador acionado por uma pilha, como as que mataram sete pessoas e feriram 103 nos atentados de julho e agosto. "A ameaça do terrorismo continua forte em nosso país", disse o primeiro-ministro Alain Juppé, que convocou uma reunião ministerial para hoje, com o objetivo de discutir medidas de segurança. O único suspeito de ter cometido os atentados é o argelino Abdelkrim Deneche, que mora em Estocolmo (Suécia). Na sexta-feira, os franceses pediram a extradição de Deneche. O governo sueco diz que Deneche tem um álibi (não estaria em Paris no dia do atentado do metrô) e que ele está preso "por contatos com terroristas. O governo sueco talvez expulse Deneche, mas ainda não decidiu se o suspeito seria ligado a uma das guerrilhas islâmicas fundamentalistas que combatem o governo militar argelino que dizem apoiado pela França. Os franceses são os maiores parceiros comerciais da Argélia. Texto Anterior: Dissidente chinês critica Hillary Próximo Texto: EUA se sacrificam para manter liderança mundial Índice |
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