São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995 |
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Motta anuncia projeto para outubro
FERNANDO PAULINO NETO
Ele acredita que em janeiro já serão lançadas as concorrências para diversos serviços. Ele disse também que o processo de privatização das empresas de telecomunicações ``é um problema para o horizonte do governo Fernando Henrique" e criticou os liberais que defendem que o processo seja acelerado. Fervor liberal ``Esse fervor liberal de acelerar as privatizações significa a dilapidação do patrimônio público e este governo não compartilhará de uma dilapidação. Vamos preservar com muito cuidado por que foi conquistado com muito sacrifício da população do país", disse o ministro. Ao ser lembrado que os liberais participam do governo, por meio do PFL, ele disse: ``Eu sou social-democrata e não liberal. O projeto social-democrata pressupõe manter a independência nacional, preservar o interesse do país". Ele não afirmou se a defesa do patrimônio nacional citada na resposta significaria um recuo no processo de privatização das estatais. Motta disse que todos os países que não regularam corretamente a abertura das comunicações para o capital estrangeiro ``se arrebentaram" e, por isso, o governo vai levar ``com cuidado" a mudança do modelo institucional. Motta não citou qual país teria se "arrebentado com o processo de abertura. Celular O ministro disse que o interesse pela telefonia celular é tão grande que ele avalia que ``vai haver surpresas" no valor conseguido pelas concessões. ``Nas maiores eu achava que poderíamos chegar a R$ 100 milhões. Agora, já acho que podemos chegar a R$ 200 milhões ou R$ 300 milhões", disse Motta. Ele afirmou ainda que 80% das concorrências para privatização da telefonia celular, rádios AM e FM e pagers serão a nota técnica e 15% serão uma multiplicação da nota técnica pelo preço e 5% leilão de preços. Ele acredita que para agilizar as concessões na área de telefonia celular haverá leilões para os interessados. Texto Anterior: Governo tenta facilitar negócio Próximo Texto: CUT e Força Sindical preparam manifestações com empresários Índice |
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