São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inflação projetada é de 15%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao elaborar as mudanças no Imposto de Renda das empresas, o governo trabalhou com uma inflação de 15% para 1996. Se a inflação no próximo ano ficar acima desse percentual, as empresas vão pagar mais imposto. Se ocorrer o contrário, vão pagar menos.
``É uma parceria. É do interesse da empresa que a inflação caia", disse o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel.
Isso vai ocorrer porque o governo está propondo o fim da correção monetária nos balanços. Na hora de calcular o seu imposto, a empresa deduz dos ativos -tudo que a empresa possui- e dos lucros uma parte referente à inflação. E só paga imposto sobre o lucro real, no qual foi descontada a inflação. Como se quer eliminar a correção monetária, as empresas não poderão mais abater do seu lucro bruto a correção monetária. Aí, ela acabará pagando mais IR.
Para definir novas alíquotas de Imposto de Renda das empresas, a Receita levou em conta a meta de inflação de 15% para 96. A nova alíquota básica será de 15%.
Por isso, se a inflação for maior do que 15%, sobe o imposto a ser pago porque estará embutida nos ativos e nos lucros uma inflação que não poderá ser descontada. Se a inflação ficar abaixo de 15%, a empresa sai ganhando.

Texto Anterior: Rabino faz palestra sobre "Tolerância e Religião"; Governadores criticam proibição de demarcações
Próximo Texto: Governistas querem FSE por mais um ano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.