São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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Líderes serão os interlocutores, avisa FHC

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso avisou a lideranças do PMDB que os interlocutores do partido com o governo serão os seus líderes na Câmara e no Senado, independentemente do nome que seja escolhido para a presidência do partido.
Os governadores e um grupo de deputados peemedebistas pretendem escolher um nome capaz de se impor como interlocutor oficial junto a Fernando Henrique.
Eles avaliam que o deputado Paes de Andrade (CE), candidato à presidência do partido, não conseguiria assumir esse papel.
Os deputados avaliam que o atual presidente nacional do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC), acabou perdendo a condição de interlocutor do partido junto ao presidente. Eles querem recolocar o presidente da legenda na função.
Paes afirmou ontem que não houve veto ao seu nome. Ele disse que o presidente da República não fez até agora qualquer referência ao processo de escolha do presidente do PMDB.
O grupo de oposição a Paes decidiu que vai lançar na próxima semana o seu candidato a presidente do partido. Esta semana será utilizada para pesquisar os nomes preferenciais junto aos membros do Diretório Nacional.
O candidato preferencial do grupo é o deputado Aloysio Nunes Ferreira (SP), porque ele é ligado ao ex-governador Orestes Quércia (SP) e é aceito pelos gaúchos.
O nome de Aloysio foi lembrado pelo ministro Nelson Jobim (Justiça) em reunião na presidência do partido, no dia da promulgação das primeiras emendas da reforma constitucional.
Jobim disse que os gaúchos aceitariam Aloysio. O governador Antonio Britto (RS) e parlamentares gaúchos haviam vetado o nome do senador Jáder Barbalho (PA).
Aloysio resiste à tarefa, mas está sendo pressionado pelos deputados que articulam a oposição a Paes. O presidente do PMDB de Minas Gerais, Armando Costa, afirma que o seu Estado aceita Aloysio e resiste ao nome de Paes.
A Executiva Nacional do PMDB se reúne às 9h de hoje para oficializar o adiamento da Convenção Nacional para 1º de outubro. A mudança foi forçado pelos deputados, que esperam ganhar tempo para conseguir um novo candidato.

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