São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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USP debate integração Nafta-Mercosul
JOAQUIM FERREIRA
Um assunto amplamente debatido foi a crise mexicana e seus reflexos nos países do continente. O episódio foi um alerta aos dois blocos econômicos para a necessidade de se criar um organismo supranacional que encaminhe as políticas de comércio entre os países. "A crise do México mostrou que a maioria dos investimentos naquele país eram destinados às Bolsas e não à produção", disse Henrique Altemani de Oliveira, professor da Universidade de Brasília. Segundo ele, a lição mexicana mostrou o quanto é perigoso o relacionamento com capitais que buscam remuneração rápida, principalmente em países que têm juros altos. Depois do que aconteceu com o México, ficou claro para os parceiros comerciais do continente a urgência em socorrer países com dificuldades conjunturais. Isso aconteceu com a Argentina, que, logo depois do México, corria o risco de passar por uma crise maior. "A integração vai se dar mais por iniciativa do setor privado do que por ações governamentais", disse Álvaro Zini, professor da Universidade de São Paulo. Para o coordenador do Fórum, professor José Augusto Guilhon Albuquerque, do Departamento de Ciência Política da USP, o México se encontra mais integrado ao Nafta que o Brasil ao Mercosul. A experiência do México e sua integração ao Nafta é interessante, segundo Albuquerque, porque a economia mexicana equivale a 5% da economia americana. "No Mercosul, apesar da supremacia do Brasil, há maior equivalência econômica entre os países", afirmou. Ele elogiou acordos adicionais feitos no Nafta para criar regras ambientais e trabalhistas, por exemplo. Texto Anterior: Papa adverte bispos do Nordeste sobre seitas Próximo Texto: Televisões de Quércia estão em nome de terceiros Índice |
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