São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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Partido discute novo programa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL lançou ontem o anteprojeto do seu novo programa partidário, um instrumento para tentar afastar a imagem de partido fisiológico e uniformizar os discursos dos candidatos pefelistas às eleições municipais de 1996 e 2000 e às eleições gerais de 1998.
Com o novo programa, o PFL quer se afirmar como um partido de doutrina social-liberal.
O anteprojeto, que vai ser submetido agora a discussões internas, contrabalança a posição em favor das reformas liberalizantes da economia com a defesa de algumas mudanças sociais.
"Educação e Emprego" foi o lema escolhido para a nova fase dos pefelistas.
"O PFL quer ser o partido da defesa das reformas e da cidadania", disse o publicitário Mauro Salles, um dos redatores do anteprojeto.
O vice-presidente Marco Maciel, o ministro do Meio Ambiente, Gustavo Krause, os deputados Roberto Magalhães (PFL-PE) e Manoel Castro (PFL-BA) também colaboraram na redação do anteprojeto, que vai receber emendas até o dia 23 de setembro.
O presidente em exercício do PFL, deputado José Jorge (PFL-PE), disse que o novo programa vai servir para orientar as votações no Congresso e os candidatos pefelistas nas próximas eleições.
"Embora o voto ideológico no Brasil seja inexpressivo, é preciso um mínimo de coerência. Não podemos ser um amontoado de gente", afirmou José Jorge.

Separados
O anteprojeto não faz referência à possibilidade de novas alianças com o PSDB, motivo de polêmica entre pefelistas e o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB). "É um programa doutrinário, conceitual", justificou Manoel Castro.
Segundo o deputado baiano, o PFL não vai abrir mão da sua identidade e vai procurar se reforçar, disputando as próximas eleições municipais com candidatos próprios. "Em muitos locais, PFL e PSDB vão disputar as eleições com candidatos separados", previu.

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