São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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Globo revê 'Diretas' em nova minissérie
DANIEL PIZA
Política e romance são de novo os ingredientes básicos. "Decadência" retrata a geração que fez as "Diretas Já" e lutou contra a corrupção. Mas há outro tempero: a religião. O protagonista da minissérie de Dias Gomes é Mariel (Edson Celulari), órfão adotado por família tradicional, que depois enriquecerá como líder evangélico. Para atenuar as reações ao personagem, o capítulo de ontem começou com Celulari lendo uma mensagem cristalina: "A minissérie não pretende fazer críticas a nenhuma religião em particular". A tônica de ontem, porém, foi a política. Imagens de Tancredo Neves e Teotônio Vilela -figuras centrais da abertura democrática- mostraram que a emissora quer esquecer que demorou a cobrir as "Diretas" e apoiou um presidente deposto por suspeita de corrupção (Collor, visível nas vinhetas sob a palavra "Decadência"). Mas a qualidade da minissérie (e de atores como Luis Fernando Guimarães) vai lhe garantir apenas a audiência -que, apesar de tudo, é o que mais lhe interessa. Texto Anterior: Recadastramento "esquece" diplomatas Próximo Texto: Países da AL unificam lei sobre tráfico Índice |
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