São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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Doente grave de Aids pode ganhar nova droga Medicamento pode começar a ser distribuído em outubro LÚCIA MARTINS
Hoje, o MK-639 é distribuído apenas para 380 voluntários, que estão testando a droga no Brasil. Eles foram escolhidos por meio de testes rígidos: o voluntário tem que ter baixa imunidade, não apresentar sintomas da doença e não estar tomando medicamentos contra o vírus. "Estamos apostando nessa droga. Esperamos começar o uso humanitário, mas tudo depende da disponibilidade do remédio", diz David Uip, que coordena os testes com a droga no Hospital das Clínicas (zona oeste de SP). O laboratório Merck Sharp & Dohme garante que a distribuição começa em outubro. Pesquisas feitas nos EUA mostram que a droga pode reduzir até 99% a quantidade de vírus no portador, pelo menos no início do tratamento. As pesquisas indicam que a droga é três vezes mais potente que o AZT. O remédio é um inibidor de uma enzima chamada protease. Sem ela, o HIV não se desenvolve, reduzindo a infecção. O MK-639 está sendo testado em 11 países. O maior desses exames está sendo realizado no Brasil, que é o único a avaliar a condição dos voluntários (o programa prevê que 900 portadores do vírus usem a droga até 98). A droga está na fase final e deve começar a ser vendida no final de 1996. "Estamos analisando as pesquisas para saber que providências tomar", diz Lair Guerra, coordenadora dos programas de combate à Aids do Ministério da Saúde. INSCRIÇÃO DE VOLUNTÁRIOS - Hospital das Clínicas: tel. (011) 881-7759; Escola Paulista de Medicina: tel. (011) 572-5851/573-5081; Instituto Emílio Ribas (011) 853-3030; e Hospital das Clínicas da Unicamp: tel. (0192) 39-7745. Texto Anterior: Motorista deve evitar viajar entre 16h e 22h Próximo Texto: Hospitais vão à Justiça para isentar médico de erros Índice |
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