São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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Hospitais vão à Justiça para isentar médico de erros
ALEXANDRE SECCO
Para o sindicato, os hospitais não têm condições de prestar atendimento aos pacientes devido aos valores pagos pelo governo. Na prática, os médicos e donos de hospitais ficariam livres de culpa no caso de um paciente do SUS morrer sob sua responsabilidade. O preço defasado, afirma o sindicato, não permite aos donos de hospitais manter os equipamentos funcionando e oferecer os recursos necessários para os tratamentos. Ação semelhante já foi impetrada este ano pela Federação Brasileira dos Hospitais. Na gestão do então ministro Alceni Guerra (Saúde), durante o governo Collor, os hospitais também apelaram para a Justiça. São Paulo tem hoje manifestações de donos de hospitais, que decretaram um dia de "luto" pela saúde pública. Eles prometem colocar faixas de protestos e distribuir folhetos para os pacientes. O Ministério da Saúde está negociando com a equipe econômica do governo um reajuste de 40% na tabela de procedimentos médicos. A posição da equipe econômica é só autorizar o reajuste assim que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) for aprovada. O projeto que cria a CPMF está no Senado. Foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e deve ser votado em plenário dentro de uma semana. Ontem a Federação Brasileira dos Hospitais chegou a votar em assembléia a proposta de suspender o atendimento dos pacientes do SUS. A proposta foi derrotada. Texto Anterior: Doente grave de Aids pode ganhar nova droga Próximo Texto: Secretária de SP recebe críticas na Assembléia Índice |
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