São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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Construção quer mais recursos

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria e o comércio de materiais de construção decidiram seguir os passos de outros setores e apresentaram ontem ao governo documento com sugestões para pôr fim à crise que afeta o segmento.
A estratégia é conseguir que o Ministério da Fazenda libere recursos da poupança, do FGTS, e do compulsório bancário para financiar a construção, com potencial para movimentar R$ 65 bilhões por ano.
Somando os recursos que podem ser captados nos fundos de pensão o bolo é de R$ 160 bilhões.
"Esperamos a liberação imediata de pelo menos R$ 3 bilhões para estimular os negócios, valor equivalente ao imposto pago pelo segmento no ano passado", disse Claudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção.
Segundo ele, as sete entidades do setor que participam do fórum representam 330 mil empregos diretos e faturamento de R$ 12 bilhões em 94.
"Um incremento de 10% no nosso segmento pode gerar 50 mil novos empregos", afirmou.
O setor de cimento, que faturou US$ 2,5 bilhões no ano passado com a venda de 25 milhões de toneladas, espera aumentar entre 10% e 15% o volume de negócios, caso as sugestões sejam atendidas pelo governo.
"Ao estimular a construção civil, o governo estará ajudando outros segmentos, porque cada nova casa significa demanda maior por outros bens, como móveis e eletrodomésticos", disse Ronaldo Meyer, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland.
Conforme o documento, o financiamento para a construção de moradias seria favorecido pela redução de 36 para seis meses no prazo de depósitos da caderneta de poupança vinculada.

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