São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995 |
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Argentina deve ter greve geral hoje
DENISE CHRISPIM MARIN
A CGT (Confederação Geral do Trabalho), CTA (Congresso dos Trabalhadores Argentinos) e MTA (Movimento dos Trabalhadores Argentinos) acreditam que vão mobilizar mais de 50 mil pessoas às 15h na praça do Congresso. Esse será o ponto alto das manifestações em Buenos Aires. Representantes dessas entidades se reuniram ontem com o ministro do Interior, Carlos Corach, para discutir a segurança durante as manifestações e a neutralização de grupos mais agressivos. A Polícia Federal de Buenos Aires anunciou que colocará nas ruas uma força de 12 mil homens e 1.500 veículos. Para Gerardo Martínez, presidente da CGT, o governo está espalhando rumores de que haverá incidentes. Martínez organizou uma tropa de 500 militantes de sua central sindical que, identificados por braceletes, deverão cuidar da segurança da manifestação diante do Congresso Nacional. Em Buenos Aires, a greve terá adesão dos setores de transportes públicos, justiça, comerciários, educação, bancos, saúde, aviação comercial, combustíveis e coleta de lixo. A maioria dessas atividades é estatal. Partidos de oposição ao governo, como a UCR (União Cívica Radical) e Frepaso (Frente País Solidário), deverão participar das manifestações. O slogan da greve é: "deixar o povo sem trabalho também é mafioso". A frase se refere às recentes denúncias do ministro da Economia, Domingo Cavallo, e à sua política de estabilização econômica, que gerou uma taxa de desemprego de 18,6% em maio. Os conflitos de trabalho na Argentina aumentaram 40% em agosto, em relação ao mês de julho. Foram registradas 148 manifestações trabalhistas contra empresas, segundo levantamento foi realizado pela Cisi (Consultoria de Investigação Social Independente). Texto Anterior: A quebra do Econômico e a ação do Banco Central Próximo Texto: México estuda novo tratado Índice |
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