São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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'Férias' é estratégia do amor

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Se como afirma o crítico americano Donald Spoto "Um Corpo que Cai", de Alfred Hitchcock, é o comentário definitivo sobre o amor e suas mentiras, "Férias de Amor", que a Globo exibe hoje (às 2h25), é mais exata afirmação de seu contrário: a validade do romance e suas estratégias.
Dirigido por Joshua Logan em meados dos anos 50, o filme é uma composição sobre as paixões reprimidas e a moral provinciana nos EUA.
Na história, Willian Holden é vagabundo que parte de lugar algum e chega até uma pequena cidade americana, em busca de um emprego nas empresas de um amigo mais afortunado.
Logo após sua chegada, esse homem passa a despertar, nas pessoas ao seu redor, em especial as mulheres, um tipo de atração quase violenta.
Algo que culminará na paixão pela mais bela garota do lugar (Kim Novak) que, por infelicidade, é a noiva de seu amigo.
Baseado em uma peça de Willian Inge, "Férias" é construído quase que inteiramente pela idéia de que a paixão e o desejo implicam, claramente, em uma forma de astúcia, um estratagema que possa trazer para aquele que ama -ou que simplesmente deseja- uma nova chance na vida.
Uma idéia ilustrada de forma exemplar no momento em que Novak e Holden dançam em um baile da cidade. O mais concreto comentário sobre a sedução, a atração irresistível e a mais extrema necessidade de amar.

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