São Paulo, quarta-feira, 6 de setembro de 1995
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ONU considera retirada de armas insuficiente, e sérvios são atacados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Aviões da Otan reiniciaram ontem os bombardeios contra os sérvios da Bósnia, depois que a ONU considerou insuficientes os sinais dados por eles de que o cerco a Sarajevo será suspenso.
Os ataques da Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) ocorreram pela primeira vez entre quarta e sexta-feira passadas, em represália à morte de 37 civis em um ataque sérvio a Sarajevo.
A ONU exige que os sérvios tirem armas pesadas de uma zona de exclusão de 20 km ao redor de Sarajevo e encerrem o cerco à cidade. Um porta-voz da ONU disse que os ataques continuam até que os sérvios cumpram as exigências.
Segundo a ONU, entre 20 e 25 armas foram retiradas, número considerado "insignificante".
O ataque, iniciado às 13h (8h em Brasília), partiu do porta-aviões dos EUA Theodore Roosevelt, estacionado no mar Adriático, e da base da Otan em Nápoles. A ação foi apoiada, em terra, pela Força de Reação Rápida.
Em uma aparente reação sérvia, cerca de dez tiros de morteiro atingiram um subúrbio de Sarajevo na noite de ontem. O ataque feriu duas pessoas, entre elas um menino, que teve a perna amputada.
O ataque da Otan atingiu alvos perto de Sarajevo e Pale ('capital' dos sérvios na Bósnia) e ao redor dos encraves de Tuzla e Gorazde.
A agência "Beta", de Belgrado, disse que a ação causou destruição e um número não-especificado de mortos. O comandante sérvio, Ratko Mladic, prometeu reagir.
A Rússia, aliada dos sérvios, condenou a ação. EUA, França e Reino Unido e Alemanha apoiaram.

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