São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995 |
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MEC prioriza 1º grau contra analfabetismo
FERNANDO ROSSETTI
O Brasil contribui com 2% da população analfabeta do mundo -mais de 19 milhões de iletrados, segundo o Censo de 91. É o sétimo país em número de analfabetos. Essa má colocação ocorre devido à grande população do país. Segundo a Unesco (órgão das Nações Unidas voltado para educação e cultura) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil é o 63% país com pior índice de analfabetismo. Entre os brasileiros com 15 anos ou mais, 20,07% são analfabetos. Mesmo assim, o país fica atrás de países como Chile (6,6%), Paraguai (9,9%) e Peru (14,9%). Para Souza, a questão é difícil de ser tratada globalmente. Como exemplo, citou programas do tipo Mobral (década de 70). "Foram eficientes em realizar o que propunham, mas pouco eficazes em reduzir o número de analfabetos." O último projeto global na área foi o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania, de Carlos Chiarelli, ministro da Educação de Collor (90/91). Além de não haver levantamento do resultado, grande parte da verba foi para um Estado com menos analfabetos: Rio Grande do Sul, base de Chiarelli. Em 95, para alfabetizar jovens e adultos, o governo deve investir R$ 12 milhões em projetos em parceria com a sociedade civil. No ritmo atual -há 30 anos 40% da população era iletrada-, a projeção do IBGE é de que o Brasil só erradicará o problema em 2030. Texto Anterior: Pontas de estoque vendem marcas famosas Próximo Texto: Homem é preso em assalto porque amigo pensou que ele fosse a vítima Índice |
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