São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995 |
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'Advogado quer aparecer'
VICTOR AGOSTINHO; MARCELO GODOY
"Esse advogado está querendo aparecer. Assim como quer me arrolar como testemunha, poderia arrolar qualquer um, até o papa", disse. O ex-governador afirmou também que, no momento da invasão, estava no interior do Estado. Fleury, durante o massacre, estava em Sorocaba (87 km a oeste de São Paulo) participando das atividades eleitorais do candidato do PMDB à prefeitura local. "Quando tomei conhecimento dos fatos, a invasão já havia ocorrido e os incidentes já haviam sido registrados", disse Fleury. Segundo o ex-governador, uma prova de que ele não tem nada a ver com o massacre está na posição da OAB. "A entidade já se manifestou sobre o assunto e me isentou de qualquer responsabilidade." Ex-secretário O ex-secretário da Segurança Pública Pedro Franco de Campos disse não saber que havia sido relacionado como testemunha de defesa. Depois de ser informado pela reportagem da Folha de que seu nome estava na relação do advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, Franco de Campos afirmou que só iria se manifestar em juízo. "Não sabia disso, mas, como sou testemunha, não posso falar nada. Estou proibido por lei", disse Franco de Campos. Questionado se pretendia se opor a dar depoimentos no processo, o ex-secretário da Segurança Pública afirmou: "Se for convocado pelas vias normais, com tudo direitinho, não há motivo para não ir depor". Quanto ao ex-governador Fleury, sua assessoria informou que iria estudar a forma como seria dado seu depoimento -se por carta precatória (quando a testemunha dá declarações por escrito, sem precisar comparecer ao órgão judicial) ou por outro instrumento. (VA e MG) Texto Anterior: Fleury vai depor no caso Carandiru Próximo Texto: Não há prova de ordem de Fleury Índice |
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