São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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Ciúme faz cunhado matar comerciante viúva

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A comerciante Alice Lopes Lofte Barbosa, 28, foi assassinada com um tiro na cabeça, segundo a polícia, por seu cunhado, o ajudante Luis Eduílson Barbosa Mota, 22. Mota se matou, em seguida, com um tiro na cabeça.
O crime ocorreu anteontem, às 21h30, na avenida Afonso Lopes de Baião, na Vila Jacuí (zona leste de SP). O motivo do homicídio teria sido o ciúmes de Mota, que seria apaixonado pela cunhada.
Alice foi casada com o irmão de Mota, Jusiê Barbosa Mota, que morreu em abril passado. Após a morte do irmão, Luis teria ido morar na casa de Alice, que teve quatro filhos com Jusiê.
O ajudante também começou a trabalhar em uma das pizzarias da cunhada para ajudá-la. Alice tinha duas pizzarias na zona leste.
Segundo o que o policial militar Paulo Lofte, 31, irmão da comerciante, disse ao 63º DP (Vila Jacuí), o ajudante teria se apaixonado por Alice e a teria assediado.
A cunhada teria rejeitado Mota. Os dois começaram a brigar e o ajudante acabou sendo demitido da pizzaria de Alice.
Como ele teria continuado a assediá-la, ela teria decidido pedir que ele saísse de sua casa. O ajudante teria ido morar com um grupo de amigos.
Anteontem à tarde, Alice foi com os quatro filhos e um namorado ao parque do Carmo (zona leste). No final da tarde, ela passou em casa, no Jardim Santana (zona leste), onde deixou três dos filhos.
Com o filho mais velho, Ricardo, 10, Alice foi a uma de suas pizzarias, a "Recanto da Saudade". Por volta das 21h30, Mota apareceu sozinho.
Ele foi até ao balcão, nos fundos da pizzaria, conversar com a cunhada. Os dois discutiram novamente. Desta vez, o ajudante sacou um revólver calibre 38 e, na frente do sobrinho, disparou um tiro na cabeça de Alice.
Em seguida, teria atirado em sua cabeça.
Os dois foram levados para o pronto-socorro do Hospital de São Miguel Paulista, onde morreram.
A polícia abriu inquérito para apurar o caso e apreendeu a arma que estava com o ajudante.
Segundo o 63º DP, Mota pode ter descoberto que sua cunhada estava namorando, o que teria sido o estopim para o crime.
O ajudante já teria ameaçado matar Alice outras vezes. A polícia pretende ouvir os funcionários da pizzaria que testemunharam o crime e os familiares de Alice para concluir o inquérito do caso.

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