São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995 |
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Setembro define flexibilização
VIVALDO DE SOUSA
Os dados preliminares que a equipe possui indicam que o consumo ainda está alto na maioria dos setores (inclusive com crescimento em relação a 94). A Folha apurou que o governo só vai acelerar a flexibilização caso, em setembro, aumente o nível de emprego e as vendas se reduzam. Pelo levantamento da Federação do Comércio de São Paulo, as vendas entre janeiro e agosto deste ano, comparadas com o mesmo período de 1994, só registraram queda no setor automotivo (-10%). O comércio automotivo inclui venda de carros, autopeças e acessórios de veículos. Sobre agosto de 94 a queda é de 7%. No geral, as vendas no comércio tiveram crescimento de 11% no período. No caso dos bens duráveis (eletrodomésticos, por exemplo), o aumento nas vendas foi de 35% entre janeiro e agosto. A venda de semiduráveis (calçados, por exemplo) também cresceu 35% -sempre em relação ao mesmo período de 1994. Os dados da federação mostram que a venda de produtos não-duráveis (remédios e alimentos, por exemplo) teve aumento de 10% e a de materiais de construção cresceu 3% de janeiro a agosto de 95, em relação a igual período de 94. Mas, quando comparados com agosto de 94, todos os setores tiveram queda nas vendas, demonstrando o resultado das medidas já tomadas pelo governo. Os dados da Associação Comercial de São Paulo mostram que as consultas ao telecheque nos oito primeiros dias úteis de setembro cresceram 16,82% em relação ao mesmo período de 1994. As consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito caíram 15,3% nos oito primeiros dias de setembro em relação ao mesmo período de 94. Isso significa que o comércio está sendo mais seletivo ao financiar compras a prazo, devido ao alto índice de inadimplência. Texto Anterior: Consumo sobe no feriado; venda a prazo cresce 39% Próximo Texto: Pesquisa aponta cheques sustados Índice |
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